<i>Porsche</i> investigada
Wendelin Wiedeking, antigo presidente da administração da Porsche, a célebre marca germânica de automóveis desportivos, e seu director financeiro, Holger Härter, estão sob investigação judicial desde dia 20.
Autoridades suspeitam de manipulação das acções VW
O processo-crime foi instaurado com base em informações transmitidas pela autoridade alemã dos mercados financeiros (Bafin), que suspeita de uma eventual manipulação das acções da Volkswagen.
Na semana passada, por ordem do procurador de Stuttgard não só os escritórios do construtor foram revistados pela polícia, como também as residências de Wiedeking e de Härter, segundo noticiou a revista Del Spiegel (24.08).
O caso remonta pelo menos a Outubro de 2008, quando as acções da Volkswagen atingiram uma cotação histórica superior a mil euros por título, tornando o grupo com a maior capitalização bolsista do planeta.
A proeza aconteceu pouco depois do anúncio triunfante da Porsche de que estaria na posse de 74 por cento do capital da VW, metade sob a forma de opções sobre acções. Mas já desde Fevereiro desse ano que a imprensa veiculava a intenção da Porsche de tomar o controlo da VW, objectivo que a marca anunciou oficialmente em Março seguinte.
Lucros milionários
Esta campanha, que viria a terminar, em Junho último, num estrondoso fracasso, terá todavia permitido obter lucros milionários. A ambição desmesurada da Porsche parece ter estimulado os investidores, e alguns beneficiaram com a especulação.
O então director financeiro, Holger Härter, terá mesmo comunicado ao presidente do grupo parlamentar social-democrata, Claus Schmiedel, que a valorização das acções permitiu atingir um lucro de 700 a 800 milhões de euros em 2008, podendo ultrapassar os mil milhões este ano. Estas declarações foram confirmadas por Schmiedel em entrevista ao Stuttgarter Nachrichten.
Todavia, a situação alterou-se profundamente no presente ano. Não só a Porsche não tomou o controlo da VW, como de repente apresentou prejuízos de 10 mil milhões de euros, em resultado da queda das cotações.
Wendelin Wiedeking e a sua equipa foram demitidos, e agora é a VW que acaba de anunciar a fusão com uma Porsche semi-falida. Entretanto, as acções da VW valem hoje cerca de 144 euros, muito longe do máximo de mil euros de Outubro de 2008.
Na semana passada, por ordem do procurador de Stuttgard não só os escritórios do construtor foram revistados pela polícia, como também as residências de Wiedeking e de Härter, segundo noticiou a revista Del Spiegel (24.08).
O caso remonta pelo menos a Outubro de 2008, quando as acções da Volkswagen atingiram uma cotação histórica superior a mil euros por título, tornando o grupo com a maior capitalização bolsista do planeta.
A proeza aconteceu pouco depois do anúncio triunfante da Porsche de que estaria na posse de 74 por cento do capital da VW, metade sob a forma de opções sobre acções. Mas já desde Fevereiro desse ano que a imprensa veiculava a intenção da Porsche de tomar o controlo da VW, objectivo que a marca anunciou oficialmente em Março seguinte.
Lucros milionários
Esta campanha, que viria a terminar, em Junho último, num estrondoso fracasso, terá todavia permitido obter lucros milionários. A ambição desmesurada da Porsche parece ter estimulado os investidores, e alguns beneficiaram com a especulação.
O então director financeiro, Holger Härter, terá mesmo comunicado ao presidente do grupo parlamentar social-democrata, Claus Schmiedel, que a valorização das acções permitiu atingir um lucro de 700 a 800 milhões de euros em 2008, podendo ultrapassar os mil milhões este ano. Estas declarações foram confirmadas por Schmiedel em entrevista ao Stuttgarter Nachrichten.
Todavia, a situação alterou-se profundamente no presente ano. Não só a Porsche não tomou o controlo da VW, como de repente apresentou prejuízos de 10 mil milhões de euros, em resultado da queda das cotações.
Wendelin Wiedeking e a sua equipa foram demitidos, e agora é a VW que acaba de anunciar a fusão com uma Porsche semi-falida. Entretanto, as acções da VW valem hoje cerca de 144 euros, muito longe do máximo de mil euros de Outubro de 2008.